Estava pensando...
Quando colocamos excessiva força mental lutando muito arduamente em relação a algo que queremos mudar em nós, pode acontecer o contrário...rsrs Tipo quando estamos querendo liberar um vício, um habito não saudável, um sentimento que já deveria ter sido superado e assim sucessivamente.
Parece que criamos uma espécie de cabo de guerra. Uma parte de nós luta desesperadamente contra e uma outra deseja e mantém o interesse ativo. Como em todo cabo de guerra, se um dos lados se soltarem...rsrs Como em um cabo de guerra a tensão gerada é muito grande e inócua.
A outra opção, seria soltar ambos os lados de uma só vez, tipo contando um, dois, três e já! Mas não funciona assim no interior da mente. Talvez em um cabo de guerra dê certo, mas na mente, definitivamente não.
Acontece que tem um ponto tênue que mora entre as opções "soltar de uma vez" e "prender e lutar". Um ponto neutro. Se chegarmos naquele ponto neutro, podemos reduzir a força de ambos os lados até a liberação.
Por exemplo, se for no esforço de nos libertarmos do apego a uma pessoa, um sentimento, uma necessidade, podemos aceitar o fato e então observá-lo, senti-lo, notá-lo, olhar interiormente para aquela necessidade. E dentro, completamente dentro do processo de aceitação, atentíssimos à observação de nós mesmos, sem julgamento interior do tipo "eu já deveria ter parado com isso", podemos encontrar um recuo, um sossego, um início de libertação. Se conseguirmos não nos apegarmos a isso e apenas continuar o processo de aceitação e observação, então logo veremos a tensão da "corda" diminuir, a princípio devagar, em seguida um pouco mais rápido e logo totalmente.
Atentíssimos, dentro do processo de observação e aceitação, poderemos ver aquele sentimento escoando de nós, aquela necessidade se dissolvendo no nada...e a liberdade chega!
E ainda observando a nós mesmos, podemos ver que a luta deu certo e o esforço foi bem menor...
Bete Avelino
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